Nossos Serviços

O HVET é um serviço de suporte ao Veterinário que tem como principal foco exercer a medicina veterinária de alta complexidade.

Equipe

Contamos com uma equipe de médicos veterinários completa, com profissionais de extrema qualificação em todos setores que oferecemos, internação, cirurgia, anestesia, patologia clinica, diagnostico por imagem.

Ultimas postagens no Blog

Jul 2022

Cetoacidose diabética em animais: precisa de internação?

Como se não bastasse todas as complicações já impostas pela difícil convivência e adaptação com a doença, a diabetes ainda pode ocasionar uma série de outros problemas no organismo, como é o caso da cetoacidose diabética. No artigo de hoje, aproveite para entender mais sobre essa complicação e se ela necessita que o pet seja internado! Diabetes Mellitus A diabetes mellitus é uma doença endocrinológica que se caracteriza pela produção insuficiente do hormônio insulina, responsável por controlar a quantidade de glicose no sangue. Sua origem pode ser crônica ou decorrente de hábitos não saudáveis. Quando a glicose ingerida não é bem metabolizada pelo organismo, tem-se então oscilações nas quantidades de açúcar no sangue, o que pode provocar quadros de hiper ou hipoglicemia, comprometendo o funcionamento do pâncreas e por consequência, levando a outras complicações de saúde, principalmente se o tratamento não for seguido. Uma dessas complicações é justamente a cetoacidose diabética (CAD), quadro grave caracterizado pela alta concentração de corpos cetonicos no sangue.  Diabetes e a cetoacidose diabética Por conta da deficiência de insulina, o organismo do animal é estimulado a buscar outras fontes de energia, como por meio dos ácidos graxos, que nada mais são do que gordura.  Em condições normais, os ácidos graxos funcionam como substrato energético, porém, em pets diabéticos, sua produção acaba sendo exagerada para compensar a falta de glicose, e se isso ocorrer, quem fica sobrecarregado é o fígado, que por sua vez, passa a acumular os corpos cetônicos.  Os corpos cetônicos são ácidos, e com isso, seu acúmulo provoca diminuição do pH sanguíneo, fazendo com o sangue também torne-se mais ácido, quadro conhecido como acidose metabólica. Trata-se de uma emergência veterinária, pois com níveis muito elevados de corpos cetônicos no sangue, em pouco tempo o animal pode vir a óbito.  Prevalência da cetoacidose diabética em animais A cetoacidose diabética ocorre com mais frequência em animais que têm a diabetes não diagnosticada ou que receberam o diagnóstico tardiamente.  Por conta das alterações endocrinológicas provocadas pela doença, animais que já estão em tratamento e recebem a dose diária de insulina também podem sofrer com a cetoacidose, dessa forma é essencial que a dosagem seja feita na quantidade e horário corretos, seguindo à risca as recomendações do médico veterinário, já que a falta da dosagem ideal ou desrespeitar os horários estabelecidos também pode prejudicar o tratamento e levar ao quadro. O animal também deve ser pesado semanalmente, para que a dosagem esteja sempre ajustada.  A cetoacidose trata-se de um quadro imprevisível e que necessita de intervenção o quanto antes. Acomete principalmente animais entre os cinco e os doze anos de idade, e é prevalente de forma considerável entre fêmeas.  Doenças concomitantes também podem descompensar a diabetes, levando a cetoacidose, como insuficiência renal ou infecções instaladas pelo corpo.  Sintomas da cetoacidose diabética Os sinais clínicos da cetoacidose diabética variam de acordo com a gravidade da doença. Confira a seguir, alguns sinais, que podem surgir isoladamente ou em conjunto: Apatia;Vômitos;Poliúria (eliminação de urina em excesso);Polidipsia (sede excessiva);Polifagia (fome excessiva);Diarreia;Desidratação;Hiperventilação. Diagnóstico da cetoacidose diabética O diagnóstico da cetoacidose diabética baseia-se nos sinais clínicos e na concentração sorológica de glicose no sangue e na presença de corpos cetônicos, tanto no sangue quanto na urina do paciente. Também observa-se concentrações sorológicas reduzidas de bicarbonato no sangue.  Tratamento da cetoacidose diabética: necessita de internação? A cetoacidose diabética sendo leve ou avançada, requer tratamento por meio da insulinoterapia intravenosa, de ação rápida, para equilibrar os níveis de glicose no sangue até que o animal volte a se alimentar corretamente, e os sinais clínicos, como vômito, diarreia ou desidratação deixem de ocorrer. Assim, a internação é uma via imprescindível para assegurar a vida do paciente.  Pode levar alguns dias até que o organismo se normalize, porém, nestes casos não é necessário um tratamento tão intensivo, desde que o paciente mantenha-se estável. No entanto, na maioria das vezes, a cetoacidose diabética já encontra-se avançada. Neste caso, o tratamento é mais intenso e emergencial.  O tratamento contra a cetoacidose diabética inclui, por exemplo: Restauração do volume intravascular;Correção da desidratação;Tratamento de possíveis distúrbios eletrolíticos e ácido-base;Manutenção do equilíbrio normal dos fluídos;Controle da glicose presente no sangue;Zerar os corpos cetonicos do organismo do animal.  Para restaurar o organismo do paciente, além da manutenção de insulina, também é preciso repor líquidos e nutrientes. Sendo assim, a fluidoterapia veterinária é feita com ajuste das doses, de acordo com a necessidade do quadro, visando evitar problemas que piorem ainda mais a condição clínica do animal, como anemias.  Seja qual for o nível da cetoacidose, o acompanhamento e a vigilância constantes da equipe médica veterinária são vitais, de modo que a internação jamais deve ser descartada. Hospital Veterinário HVET: Terapia intensiva animal de excelência  O Hospital Veterinário HVET conta com a melhor equipe e estrutura para receber os casos mais complexos e de emergência, 24 horas por dia. Aqui, os seus pacientes encontram os profissionais mais capacitados, prontos para qualquer ocorrência, e sempre munidos de muito amor e carinho! Aproveite para nos seguir no Instagram e entre em contato conosco pelo número (11) 4153-7553. Será um prazer atendê-lo!

Ver mais

Jul 2022

Realização de hemogasometria na internação: quando é necessária?

Durante a internação do animal, alguns exames são imprescindíveis. Hoje falaremos um pouco sobre a hemogasometria na internação, como ela é feita, o que ela avalia e como ela auxilia o médico veterinário. Confira! Hemogasometria: o que é e como é realizada? A hemogasometria é um exame de sangue feito a partir da coleta de sangue arterial, para avaliação da concentração e distribuição dos gases presentes. Este exame traça uma correlação entre os níveis de ácido e base no sangue, que devem estar em equilíbrio para manutenção das atividades enzimáticas do paciente.  Na hemogasometria, o médico veterinário deverá estar atento aos níveis de: SatO2 (Saturação de oxigênio);pCO2 (Pressão parcial do gás carbônico);HCO3 (Bicarbonato de sódio);pH;Ânion Gap (AG);pO2 (quantidade de moléculas de oxigênio dissolvidas no sangue). Outros fatores, como a concentração do sódio, cálcio iônico, potássio e cloreto também são essenciais de se avaliar.  Caso o animal apresente qualquer desequilíbrio nas taxas deste exame, tem-se então um quadro de distúrbio hidroeletrolítico, comuns quando o paciente perde grande quantidade de líquidos corporais e eletrólitos, por suor excessivo, poliúria, vômitos ou diarreia.  Caso o animal esteja com algum distúrbio ácido-básico, devido a desequilíbrios no pH sanguíneo, ele também pode ser facilmente identificado por meio da hemogasometria.  A hemogasometria também pode ser coletada a partir da punção de sangue venoso, porém, neste caso, a análise de gases é descartada e apenas os eletrólitos são avaliados. Esse tipo de hemogasometria é feito quando a parte respiratória do paciente não sofre alteração.  Hemogasometria e o diagnóstico de doenças Os mais variados quadros podem provocar alterações significativas na hemogasometria, como: Desordens de origem respiratória, como pneumonia;Desordens metabólicas, como doenças renais, endocrinológicas ou hepáticas.Desordens de caráter misto, quando o paciente apresenta tanto complicações respiratórias quanto metabólicas ao mesmo tempo. Acidose ou alcalose: quando o organismo encontra-se em desequilíbrio Com a gravidade dos quadros citados anteriormente, os níveis de pH no sangue entram em desequilíbrio, e se isso acontece, os riscos para a vida do animal internado são grandes. O sistema tampão de bicarbonato, presente nos organismos vivos, e composto por HCO3 e CO2, é tido como o principal regulador de pH no sangue, e evita variações bruscas.  Porém, se o paciente sofre com algum problema de hipoventilação ou hiperventilação, por exemplo, o organismo tentará compensar a função deteriorada, sendo que a parte metabólica tentará recompor a respiratória e vice-versa. Se a transferência de CO2 para o exterior é reduzida, a sua concentração aumenta na corrente sanguínea, diminuindo o pH e tornando a corrente sanguínea muito ácida. Se o pH do sangue arterial atingir valores menores do que 7,3, tem-se um quadro de acidose.  Já se ocorre uma diminuição do dióxido de carbono no sangue e um aumento no pH, com este ficando acima de 7,4, tem-se o quadro de alcalose. Pode ser desencadeada por falhas hepáticas, quadros renais e diabetes mellitus, por exemplo.  Dessa forma, se o paciente sofre qualquer desequilíbrio na relação ácido-base, isso interfere nas suas funções metabólicas e/ou respiratórias, e caso isso aconteça, a equipe médica veterinária deverá intervir rápido, promovendo a suplementação do oxigênio, a reposição de bicarbonato e ventilação adequada, tudo para evitar que animal venha a óbito. O que é analisado no exame de hemogasometria As etapas envolvendo o exame de hemogasometria no processo de internação costumam ser: 1. Determinar se há acidose ou alcalose A partir da avaliação do pH. 2. Identificar a origem do distúrbio  Após analisar se o pH encontra-se ácido ou alcalino, o veterinário irá analisar as taxas de HCO3 (Bicarbonato de sódio) e PaCO2 (Pressão parcial do gás carbônico), para compreender se o distúrbio que provocou o desequilíbrio ácido-base é de origem respiratória ou metabólica.  3. Determinar se há compensação Os quadros de acidose ou alcalose levam a possíveis compensações, com o organismo tentando equilibrar os níveis de pH. A depender da origem do problema, se respiratória ou metabólica, a resposta compensatória será diferente. Confira: Acidose respiratória  Quando há um prejuízo na eliminação respiratória de CO2. Há o quadro de hipoventilação e assim, um excesso na retenção de gás carbônico.  Acidose metabólica  Diminuição no nível plasmático de HCO3, com hiperventilação compensatória e diminuição da PaCO2. O médico veterinário irá calcular o ânion – Gap que é a diferença entre os cátions (sódio) e os ânions (bicarbonato de Cloro) presentes no plasma sanguíneo. Alcalose respiratória  Aumento na eliminação respiratória de CO2, causando um quadro de hiperventilação. Alcalose metabólica  Aumento no nível plasmático de HCO3 e do pH. A resposta compensatória será uma hipoventilação, para reter CO2.  Em resumo, a realização da hemogasometria é de extrema importância durante a internação do animal, principalmente no que diz respeito ao monitoramento dos níveis de pH no sangue e controle de distúrbios ácido-base. Vale ressaltar que a hemogasometria também é fundamental para definir se o animal necessitará de ventilação mecânica ou não. Hospital Veterinário HVET: Terapia intensiva animal de excelência  O Hospital Veterinário HVET conta com a melhor equipe e estrutura para receber os casos mais complexos e de emergência, 24 horas por dia. Aqui, os seus pacientes encontram os profissionais mais capacitados, prontos para qualquer ocorrência, e sempre munidos de muito amor e carinho! Aproveite para nos seguir no Instagram e entre em contato conosco pelo número (11) 4153-7553. Será um prazer atendê-lo!

Ver mais

Jul 2022

Ventilação mecânica veterinária: saiba quando indicar

Vários procedimentos integram a internação animal, para promover maior bem-estar ao paciente e garantir que ele reagirá bem durante todo o processo. O foco do artigo de hoje é a utilização da ventilação mecânica, suas indicações e quando ela torna-se imprescindível. Saiba mais: O que é a ventilação mecânica e para que ela serve na internação? Ventilação mecânica trata-se de um método de suporte respiratório que tem como objetivo principal prover ventilação e oxigenação adequadas ao paciente, por meio artificial, para preservar a estrutura pulmonar e minimizar possíveis complicações respiratórias.  Trata-se de um método utilizado tanto na anestesia clínica quanto em pacientes em processo de internação na UTI.  A ventilação mecânica e o processo anestésico Localizados ao final dos brônquios, os alvéolos pulmonares são estruturas recobertas por uma extensa rede capilar sanguínea, e responsáveis por garantir a difusão dos gases, durante o processo de hematose, que configura as trocas gasosas.  Nesta troca, o sangue arterial presente nos alvéolos pulmonares é nutrido com oxigênio, enquanto que o sangue venoso, é rico em gás carbônico, fruto da respiração celular.  Assim, quando ocorre algum desequilíbrio no processo de hematose ou deficiência na circulação sanguínea pulmonar, o animal pode desenvolver quadros extremos de insuficiência respiratória, e neste caso, necessite do auxílio de ventilação mecânica.  Além de doenças pulmonares intrínsecas que podem levar a insuficiência respiratória, condições extrapulmonares também podem causar complicações dessa natureza, como é o caso de complicações a partir da aplicação de anestesia geral, que pode levar a alterações na oxigenação e até ao surgimento de atelectasias. Veja a seguir, alguns quadros clínicos que demandam a utilização de ventilação mecânica durante a aplicação de anestesia: Hipercapnia Quadro caracterizado pelo aumento da concentração de dióxido de carbono (PaCO2) no sangue, geralmente resultado de hipoventilação ou insuficiência respiratória. A acidose respiratória também pode levar a hipercapnia. Para este quadro, são considerados valores de capnografia acima de 45 mmHg e PaCO2 acima de 60 mmHg.  Hipoxemia Hipoventilação geralmente também pode levar a hipoxemia, quando há a falta de oxigenação no sangue. Com a falta de oxigênio, os riscos para a vida do animal são grandes, até mesmo podendo causar parada cardiorrespiratória, e mais uma vez, o uso da ventilação mecânica é vital.  Para ser considerada hipoxemia durante a anestesia, em geral, o PaO2 encontra-se abaixo de 100 mmHg ou o SpO2 abaixo de 93%. Avaliando os riscos, e para prevenir prejuízos, sobretudo a saúde de animais com doenças pulmonares concomitantes ou dificuldade respiratória pré-existente, a ventilação mecânica se mostra um suporte necessário no momento da cirurgia. O ideal é que o médico não espere que o quadro de hipercapnia ou hipoxemia ocorra para recorrer a ventilação mecânica, mas justamente utilizar da ventilação mecânica para prevenir essas complicações.  Como a ventilação mecânica é estabelecida? Durante a anestesia, os principais tipos de ventilação mecânica controlada são a ciclada a volume (VCV) e a ciclada a pressão (PCV). Saiba mais sobre cada uma delas abaixo: Ventilação Ciclada a Volume (VCV) Nesta modalidade, o volume corrente (Vt) será fixado para o paciente. Ao manter o Vt entre 8 e 10 mL/kg, diminui-se o risco de volutrauma e promove-se a entrega de fluxo.  Durante o procedimento, a atenção do médico também deve estar voltada para a frequência respiratória esperada para um animal anestesiado, bem como a relação do tempo inspiratório/expiratório, que costuma ser de 1:2 a 1:4.  Ventilação Ciclada a Pressão (PCV) Já na ventilação ciclada a pressão, o foco é a pressão máxima inspiratória. A pressão de pico deve ser administrada até que o ventilador forneça um valor suficiente e próximo do esperado, geralmente entre 8 e 10 mL/kg. Para cães, a Ppico deve ser entre 7 e 10 cm/H2O e para gatos, entre 3 e 5 cm/H2O.  Essa modalidade de ventilação mecânica evita menores picos de pressão nas vias aéreas e melhor distribuição de gás no pulmão.  Independente de qual será a ventilação mecânica empregada, o quadro clínico do paciente será monitorado durante todo o processo, e o que determinará a sua eficácia serão os valores de capnografia (ETCO2), PaO2 (pressão parcial de oxigênio) e PaCO2 (pressão parcial de dióxido de carbono).  Quais as vantagens da ventilação mecânica veterinária? A utilização da ventilação mecânica possui várias vantagens, como: Promove melhora nas trocas gasosas;Diminui as chances de colapso alveolar;Facilita a aplicação de anestesia inalatória, caso essa modalidade esteja sendo utilizada no momento do procedimento.  Quando a ventilação mecânica será indicada? Em resumo, qualquer situação que venha a prejudicar a função respiratória do paciente, sobretudo no momento da aplicação de anestesia, pode indicar a necessidade de ventilação mecânica, como: Realização de cirurgias torácicas;Ocorrência de distensão abdominal;Paciente com quadro de obesidade ou insuficiência respiratória pré-existente;Tempo anestésico;Posição no decúbito. A ventilação mecânica nem sempre será administrada, porém, caso seja observada a necessidade do animal, ele deverá ser submetido a ela imediatamente, para evitar possíveis complicações.  Neste momento, também é vital que o médico veterinário esteja atento a possibilidade de quadros como hipercapnia e hipoxemia, para intervir e preveni-los a tempo, de modo que o paciente siga sendo monitorado durante toda a internação.  Hospital Veterinário HVET: Terapia intensiva animal de excelência  O Hospital Veterinário HVET conta com a melhor equipe e estrutura para receber os casos mais complexos e de emergência, 24 horas por dia. Aqui, os seus pacientes encontram os profissionais mais capacitados, prontos para qualquer ocorrência, e sempre munidos de muito amor e carinho! Aproveite para nos seguir no Instagram e entre em contato conosco pelo número (11) 4153-7553. Será um prazer atendê-lo!

Ver mais

Aug 2022

Saiba como é feita a passagem da sonda esofágica em animais

Os animais não podem deixar de se alimentar em hipótese alguma, principalmente durante o processo de recuperação de alguma doença, sob o risco de desnutrição e outras complicações que possam piorar o quadro. Saiba como é feita a passagem da sonda esofágica em animais e suas vantagens para o paciente.  O que é a sonda esofágica e para que serve? É dever da equipe médica veterinária prevenir quadros de má-nutrição durante a internação do animal e tendo em vista as complicações potencialmente fatais envolvendo a falta de alimentação e fraqueza do paciente, podendo atrapalhar inclusive as intervenções cirúrgicas necessárias, com frequência costuma-se recorrer à sonda alimentar para impedir alterações metabólicas significativas.  Uma das mais utilizadas com essa finalidade é a sonda esofágica ou tubo esofágico.  Em quais situações é colocada a sonda esofágica? Em casos emergenciais, quando o animal apresenta complicações ou comprometimentos orais que impeçam que ele se alimente adequadamente. A administração de suporte nutricional enteral também deve ser feita a todos os animais internados estáveis, salvo se houver alguma contraindicação à nutrição imediata, como a realização de cirurgia no trato gastrointestinal. O procedimento ao qual o animal foi submetido também é determinante para saber a melhor forma de nutrição assistida. Deve-se considerar se o paciente apresenta hiporexia ou anorexia, por exemplo.  Hiporexia Quando a ingestão alimentar do animal diminui, tornando-se insuficiente.   Anorexia Quadro ainda mais grave, pois neste caso, o animal não ingere nada, o que pode colocar sua vida em risco.  Como é feito o processo de passagem da sonda esofágica? 1. No centro cirúrgico, o animal é colocado em decúbito lateral direito, já que a passagem da sonda sempre será feita do lado esquerdo.  2. A sonda é medida da parte medial do pescoço até a altura do sétimo ou oitavo espaço intercostal, para determinar quanto dela será introduzida no paciente. O procedimento é feito pelo médico cirurgião junto ao anestesista. 3. A parte cervical é então esterilizada e uma pinça curva é introduzida na cavidade oral, inclinando-a ao atingir a parte medial do pescoço, no ponto exato onde será feita a incisão.  4. A incisão irá passar respectivamente pela pele, subcutâneo e musculatura até chegar ao esôfago.  5. A pinça introduzida externamente auxilia no processo de puxar a sonda para fora da cavidade oral. 6. A pinça é retirada e a sonda enfim é introduzida novamente em direção ao esôfago até que ela não seja mais vista na cavidade oral.  7. Após o procedimento, um exame de raio-x é feito para confirmar a posição da sonda e é feita a sutura.  8. Após o procedimento, um colar de algodão é colocado para proteger a sonda, impedindo que ela se mova, e não incomode tanto o animal. A partir daí, inicia-se a alimentação por meio de rações pastosas. E a retirada da sonda esofágica, como é feita? Uma das grandes vantagens da sonda esofágica é que não é preciso sedação ou cirurgia para a remoção.  O tubo é removido pela própria equipe médica com assepsia, e a incisão feita na hora da cirurgia cicatriza em até 72 horas, sendo necessário apenas fazer a higienização local ou manter o colar até a cicatrização completa. Os benefícios da sonda esofágica para a recuperação animal  Procedimento simples A colocação da sonda esofágica em cães e gatos é uma técnica simples, que costuma levar apenas alguns minutos para ser concluída.  Permite que o animal seja tratado a médio ou longo prazo  Outra facilidade da sonda esofágica é quanto ao tempo. Diferentemente da sonda nasogástrica, que possui indicação máxima de até 7 dias, o tubo esofágico pode ser mantido por semanas ou até meses, dependendo da necessidade do animal.  O ideal é que após 60 dias do uso da sonda esofágica, a viabilidade da sonda seja novamente avaliada, incluindo se será necessária a sua troca, caso não haja previsão de retirada.  Baixo risco de complicações O risco de complicações envolvendo a sonda esofágica é baixo e geralmente estão relacionadas a infecções no local de colocação ou remoção do tubo pelo animal.  Dessa forma, fazer a higienização corretamente, utilizar o colar de proteção pelo período determinado e retornar periodicamente ao hospital para acompanhamento são medidas de extrema importância.  Permite uma administração melhor de alimentos O diâmetro maior do tubo esofágico permite que o volume de alimento a ser administrado seja maior e sua consistência, mais firme. Resultados rápidos Aqui vale ressaltar que a sonda esofágica não é utilizada somente durante internações para nutrir o paciente, mas também para casos de emergência, em que o animal apresenta anorexia e já encontra-se debilitado, por exemplo. Nestes casos, a indicação da sonda esofágica é fundamental até para salvar a vida do paciente, sendo um suporte nutricional de resultados rápidos. Auxilia na administração de medicamentos O tubo esofágico também pode ser utilizado para manejo de medicações no paciente, principalmente durante tratamentos mais longos e quando o tutor apresenta dificuldade para administrá-los por conta própria. Como fica a alimentação do animal após a retirada da sonda? Durante a sua recuperação, o animal recebe comida pastosa pela sonda esofágica e avalia-se o seu grau de interesse. Conforme vai aumentando, o animal já não apresenta sintomas concomitantes como vômitos ou náuseas e nem as complicações orais que possam dificultar sua ingestão, a sonda esofágica é retirada ao se ter certeza de que o paciente encontra-se apto para se alimentar normalmente. Por fim, vale lembrar que a necessidade do uso da sonda esofágica depende da avaliação das condições do paciente e da causa primária que levou a sua internação. Tem alguma dúvida sobre a utilização da sonda esofágica em cães e gatos? Deixe seu comentário abaixo! Hospital Veterinário HVET: Terapia intensiva animal de excelência  O Hospital Veterinário HVET conta com a melhor equipe de medicina veterinária intensiva e estrutura de ponta para receber os casos mais complexos e de emergência, 24 horas por dia. Aqui, os seus pacientes encontram os profissionais mais capacitados, prontos para qualquer ocorrência, e sempre munidos de muito amor e carinho! Aproveite para nos seguir no Instagram e entre em contato conosco pelo número (11) 4153-7553. Será um prazer atendê-lo!

Ver mais

Aug 2022

Saiba as vantagens da anestesia inalatória veterinária

Presente em todos os tipos de cirurgia veterinária, a aplicação da anestesia envolve uma série de riscos e vantagens, e por isso, é papel da equipe médica veterinária avaliar caso a caso, e qual o melhor método para garantir a segurança do animal durante todo o procedimento. Entenda as diferenças entre os principais tipos de anestesia geral e como funciona a modalidade inalatória. Quais são os tipos de anestesia? Os tipos de anestesia geral utilizados no dia a dia da emergência veterinária já são velhos conhecidos dos médicos, basicamente dividindo-se em duas categorias: a injetável intravenosa e a inalatória, que é o foco deste artigo. Confira mais sobre as diferenças abaixo: Anestesia injetável  Tipo tradicional e mais utilizado ainda hoje na medicina veterinária intensiva, devido ao seu baixo custo. A anestesia é aplicada diretamente na corrente sanguínea do paciente por meio do acesso venoso.  Anestesia inalatória Anestesia administrada exclusivamente por via pulmonar. O paciente é sedado, entubado com o tubo endotraqueal e posicionado para inalar o anestésico geral inalatório. O anestesista veterinário fará a administração, checagem e controle da anestesia inalatória durante todo o procedimento. Anestesia inalatória é segura? Pode-se dizer que o anestésico geral inalatório é seguro, devido a possibilidade de maior controle dos efeitos dele durante toda a cirurgia. Com ele, o anestesista veterinário pode acompanhar, por exemplo: A profundidade do rebaixamento de consciência;Quantidade de anestésico fornecida;Os níveis de oxigênio via sonda orotraqueal. Assim, se houver necessidade de intervenção, como no caso de uma parada respiratória, o anestesista pode ventilar o animal com o auxílio de ventilação mecânica, intervindo mais rapidamente para evitar um quadro de hipóxia, por exemplo. As características da anestesia inalatória Para compreender melhor como a anestesia inalatória funciona, é necessário estudar mais a fundo algumas das suas características: Características físico-químicas Pressão de vapor A pressão de vapor é um fator importante, pois será a partir dela que a equipe de medicina veterinária intensiva será capaz de definir qual o melhor anestésico a ser vaporizado. Quanto maior a pressão, mais fácil será a vaporização.  A temperatura ambiente e a pressão barométrica também influenciam o processo de vaporização, de maneiras opostas. Quanto maior a temperatura e menor a pressão barométrica, mais fácil é vaporizar. Por isso, é essencial contar com vaporizadores calibrados para compensar essas variações no momento do procedimento. Solubilidade Para compreender o ponto de equilíbrio do anestésico geral inalatório em cada meio biológico, observar a solubilidade é importante. Trata-se do coeficiente de partição sangue/gás (Cps/g), responsável por mostrar a compensação entre as concentrações de anestésico entre o sangue e os alvéolos.  Quanto maior o valor de partição sangue/gás, mais tempo levará para saturar o sangue e por consequência, mais lenta será a indução a anestesia.  Concentração Alveolar Mínima Concentração alveolar necessária para anular a reação a estímulos dolorosos específicos, em 50% dos animais, sendo uma medida de potência do anestésico.  O valor da CAM varia de acordo com a espécie, o anestésico aplicado, da sua associação com outros medicamentos e principalmente das particularidades da fisiologia de cada paciente. Efeitos fisiológicos Mecanismo de ação Mesmo não se tendo certeza quanto ao mecanismo de ação exato, os anestésicos inalatórios promovem depressão generalizada do cérebro e estimulam os neurônios inibitórios e excitatórios. Sistemas cardiovascular e respiratório Tanto a depressão cardiovascular quanto a respiratória são dose-dependentes, sendo que no caso da cardiovascular, a queda da pressão arterial, do volume sistólico e do débito-cardíaco, são consideradas maiores se comparadas à anestesia total intravenosa (TIVA). Toxicidade A hipertermia maligna, síndrome metabólica provocada pela exposição à anestesia inalatória e bloqueadores neuromusculares em animais geneticamente predispostos, é uma das possibilidades de toxicidade dessa modalidade anestésica, apesar de raríssimos os casos dessa complicação envolvendo isoflurano e sevoflurano, os principais anestésicos gerais utilizados atualmente na medicina veterinária. Outros efeitos indesejáveis possíveis da anestesia inalatória mas que também são muito raros referem-se a diminuição da circulação sanguínea hepática e hepatite imunomediada. Além de raras, as complicações hepáticas e renais podem ser revertidas. Os benefícios da anestesia inalatória Apesar dos riscos envolvendo a anestesia geral inalatória, os benefícios se destacam, principalmente no que diz respeito a um maior controle do anestesista veterinário. Confira mais vantagens abaixo: Permite a rápida mudança de planos anestésicos, tornando a aplicação mais previsível e passível de trocas, caso o profissional julgue necessário;Graças ao monitoramento constante, as chances de reversão de alguma complicação é muito maior, garantindo a preservação da vida do paciente;Permite o uso de ventilação mecânica caso seja necessário;O método não sobrecarrega fígado ou rins;Baixa biotransformação. A importância de uma boa equipe médica na aplicação da anestesia inalatória A melhor forma de minimizar os riscos de qualquer aplicação anestésica, seja inalatória ou intravenosa, é contando com uma equipe veterinária de confiança e um local de boa estrutura, que possa suprir todas as necessidades individuais de cada animal antes, durante e após o procedimento, garantindo-lhe segurança. Tem alguma dúvida sobre as vantagens da anestesia inalatória? Deixe nos comentários! Hospital Veterinário HVET: Terapia intensiva animal de excelência  O Hospital Veterinário HVET conta com a melhor equipe de medicina veterinária intensiva e estrutura para receber os casos mais complexos e de emergência, 24 horas por dia. Aqui, os seus pacientes encontram os profissionais mais capacitados, prontos para qualquer ocorrência, e sempre munidos de muito amor e carinho! Aproveite para nos seguir no Instagram e entre em contato conosco pelo número (11) 4153-7553. Será um prazer atendê-lo!

Ver mais

Aug 2022

O uso da fluidoterapia na medicina veterinária intensiva

Na maioria dos tratamentos realizados em uma UTI veterinária, a fluidoterapia é uma das maiores aliadas da equipe e dos pacientes. Entenda tudo sobre o uso da fluidoterapia na medicina veterinária intensiva abaixo e quais são seus tipos: O que é fluidoterapia? A fluidoterapia em animais é um procedimento parte da terapia de suporte. Por meio dela é feita a administração de fluidos por via oral, intravenosa ou subcutânea, para repor líquidos corporais, como água e nutrientes. É geralmente a primeira alternativa em casos de desidratação. As etapas da fluidoterapia Para recorrer à fluidoterapia, a equipe veterinária avalia a causa primária da desidratação, seu tipo e nível de gravidade. São avaliados: O turgor cutâneo;A umidade presente nas mucosas;A posição do globo ocular na órbita;A frequência cardíaca;A característica do pulso periférico;Tempo de preenchimento capilar. A partir da avaliação destes pontos, a equipe decide pelo melhor fluido a ser utilizado, que é classificado levando-se em consideração o tamanho molecular, a permeabilidade capilar, a osmolaridade e a função pretendida. Após a avaliação e a definição da melhor fluidoterapia para o animal, discorrem-se as etapas do procedimento, dependendo do seu estado de saúde: Reanimação Em casos de emergência, em que o animal sofre de alguma condição que provoca desidratação severa, como casos de choque hipovolêmico, vômito ou diarreia intensa, o socorro deve ser rápido e é necessário que a equipe administre uma grande quantidade de fluido para expandir o espaço intravascular e corrigir o déficit de perfusão, salvando assim a vida do paciente. Reidratação Momento de repor a volemia e as perdas dos compartimentos intra e extracelular.  Manutenção Utilizada em casos que o paciente encontra-se mais estabilizado, mas ainda não consegue ingerir a quantidade ideal de líquidos para manter o equilíbrio do organismo. Os diferentes tipos de vias na fluidoterapia Fluidoterapia oral O método mais fácil e que geralmente deve ser combinado a outras vias, por ser lento. Ótima alternativa complementar, inclusive para tratamentos que precisam de continuidade em casa e a administração do tutor.  Fluidoterapia intravenosa  Um dos métodos mais utilizados, pois permite o rápido aumento de volume e atua diretamente na corrente sanguínea do paciente. Indicada para casos emergenciais e de desidratação grave, porém deve ser administrada com cautela, já que sobrecarga de fluido no sistema circulatório também é prejudicial, podendo causar edema pulmonar e até o óbito. Fluidoterapia subcutânea Também bastante utilizada. Neste caso, a agulha é inserida abaixo da pele do animal para absorção do fluido pelo organismo.  É contraindicado para pacientes hipotensos, hipotérmicos, com desnutrição severa ou comprometimento circulatório. Os fluídos escolhidos para esse tipo de fluidoterapia em pequenos animais também são específicos, não podendo ser hipertônicos ou sem eletrólitos.  Utilizações da fluidoterapia A fluidoterapia pode ser utilizada para tratar:  Desidratação: baixa concentração de água e nutrientes no organismo;Acidose metabólica: acidez excessiva no sangue;Alcalose metabólica: acidez baixa no sangue e excesso de base;Hipocalemia: baixo nível de potássio no sangue;Hipercalemia: alto nível de potássio no sangue;Hiponatremia: baixa concentração de sódio no sangue;Hipernatremia: alta concentração de sódio no sangue;Hipocalcemia: baixo nível de cálcio no sangue;Hipercalcemia: alto nível de cálcio no sangue;Quadros renais. A administração de fluidoterapia Após todo o processo de avaliação para compreender o nível da desidratação, a via adequada e o tipo de fluído, a equipe médica estabelece o volume a ser administrado, bem como a velocidade ideal.  Vários conectores de saídas múltiplas permitem a infusão simultânea de fluídos compatíveis a partir de um único cateter.  Para definir o volume, o clínico deve considerar as etapas citadas anteriormente, de reanimação, reidratação e manutenção.  O cálculo da reidratação leva em consideração a porcentagem de desidratação e o peso do animal, o de manutenção, as perdas perceptíveis e imperceptíveis, e o de reanimação, as perdas sofridas. É essencial que a administração da fluidoterapia seja acompanhada atentamente e avaliada durante toda a reposição nutricional. Assim que a hidratação é restabelecida por meio de água e alimentos, e o animal já consegue se alimentar, a fluidoterapia deve ser interrompida. A indicação é que o volume de fluido seja reduzido em 25% a 50% ao dia, a depender do ritmo de recuperação do paciente. Líquidos da fluidoterapia e suas propriedades Os líquidos utilizados na fluidoterapia são classificados de acordo com o tamanho molecular e a permeabilidade capilar, osmolaridade ou tonicidade e função pretendida.  Os fluidos podem ser colóides ou cristalóides, sendo que os cristalóides são os mais utilizados na fluidoterapia por serem feitos a base de água e pequenas moléculas, que se adaptam a todos os compartimentos corpóreos. Já as soluções colóides têm alto peso molecular, permeabilidade restrita ao plasma e atuam principalmente no compartimento intravascular. Os fluídos que podem ser administrados para reposição Ringer com lactato de sódio: solução isotônica e cristalóide.Ringer simples: possui propriedades similares ao ringer lactato, mas não contém lactato em sua composição. Contém mais cloreto e mais cálcio em comparação a outras soluções, sendo levemente acidificante; Solução de NaCl a 0,9% (soro): solução cristalóide, isotônica e acidificada.Solução de glicose a 5% em NaCl a 0,9%: solução cristalóide também conhecida como glicofisiológica. Tem alguma dúvida sobre a fluidoterapia em animais? Deixe nos comentários! Hospital Veterinário HVET: Terapia intensiva animal de excelência  O Hospital Veterinário HVET conta com a melhor equipe e estrutura para receber os casos mais complexos e de emergência, 24 horas por dia. Aqui, os seus pacientes encontram os profissionais mais capacitados, prontos para qualquer ocorrência, e sempre munidos de muito amor e carinho! Aproveite para nos seguir no Instagram e entre em contato conosco pelo número (11) 4153-7553. Será um prazer atendê-lo!

Ver mais